1.6.07

Poema

E apesar de tudo volto a minha ternura de menino
E a luz e os sons vem como há muito não vinham!
Anda no ar aquele sentido que as coisas emanavam
Nem triste nem alegre, e tão alegre e tão triste!


Mas eu não sou o mesmo e perco-me nesse mundo
Tão intimo! Como se já não fosse meu…
Atrai me… e depois sinto me estranho…


Com que sorriso magoado, como mãe que consola,
As esquinas dos prédios e as árvores me dizem:
“ És o mesmo…”
Com que magoada doçura a luz doira o horizonte
Como o doirava há tanto…

Só e de agora a magoa.


Retirado: As folhas de poesia
Tavola Redonda

Elaborado por: Florbela

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