20.4.07

capelas de sao vicente









Capela de São Vicente (Capelinha do Calhau)

A Capela de S. Vicente, na foz da ribeira de S. Vicente, foi construída em 1694, como um nicho num bloco de basalto, por Inácio de Sousa, auxiliado por esmolas de devotos. Conforme documentado, a ermida foi implantada no lugar onde se diz que o Santo apareceu.
Apresenta a particularidade de se encontrar encravada numa rocha tornando-se assim o ex-libris de São Vicente. Mostra planta simples rectangular com escadas que dão acesso ao adro calcetado em calhaus rolados. O templo sofreu intervenções em 1885.
Recentemente foi construída uma nova ponte, dado que a ponte existente se encontrava já em muito mau estado.

Capela do Livramento

A capela de Nossa Senhora do Livramento, construída no sítio do mesmo nome, sabe-se que foi edificada pelo Padre Manuel Gomes Garcês, por instrumento de 10 de Setembro de 1685, onde declarou perante o tabelião Antão Dinis Coelho que tinha feito uma ermida de Nossa Senhora do Livramento.
O pequeno templo maneirista foi erguido em 1683 e mostra planta simples rectangular, de uma só nave. Fachada em empena com sineira em cantaria de basalto. O portal ostenta arco pleno assente sobre pilastras e é rematado por uma cornija.

Capela do pico da cova

A capela da Torre de Relógio, Pico da Cova, de invocação a Nossa Senhora de Fátima, São Vicente, com os seus 14 metros de alto, foi construída em 1942 e concluída em 1953.

Capela dos Reis Magos

O templo foi erguido no séc. XVI, ou mesmo anteriormente, uma vez que em 1577 já dava mostras de se encontrar em muito mau estado de conservação. Foi reconstruído em 1778 por João Carvalhal Esmeraldo. A capela insere-se na tipologia barroca da nave única com sineira e sacristia adossadas. O interior apresenta as paredes profundamente decoradas e tecto pintado. No altar-mor está um retábulo com três telas onde estão representadas A Adoração dos Reis Magos, São João Baptista e a figura de um bispo.

Trabalho eleborado por: HG

Laurissilva da Madeira




























A Laurissilva, galardoada com o estatuto de Património Mundial da UNESCO, é uma Floresta com distribuição limitada às Ilhas da Macaronésia. Na Madeira podemos encontrar a maior e mais conservada mancha florestal deste tipo, possuindo o Concelho de São Vicente uma das áreas extensas e ricas deste coberto vegetal.

os seus mais de 4600 hectares de floresta Laurissilva, São Vicente apresenta diversos elementos florísticos de particular interesse. Figueira do Inferno (Euphorbia mellifera) consideradas as maiores do mundo, espécies raras como o Isoplexis e a Musschila Wallastonii e o Til (Ocotea foentes) e Vinháticos (Persea Indica) multicentenários, são alguns dos elementos que tornam este Concelho um dos mais importantes representantes da floresta Laurissilva.
Laurissilva é o nome pelo qual é conhecida a floresta original da Madeira, aquela que já aqui existia aquando da chegada dos descobridores portugueses. Esta designação provem do latim, Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque). A Madeira é uma das Ilhas Afortunadas, porque possui espécies que são verdadeiras relíquias da Natureza (Macaronésia é uma palavra de origem grega e que significa Ilhas Afortunadas, no século passado o botânico inglês Philip Webb usou pela primeira vez a expressão Macaronésia para identificar os arquipélagos da Madeira, Canárias, Açores e Cabo Verde). No Quaternário a Europa esteve longos períodos coberta de gelos, muitas espécies vegetais não resistiram ao frio e desapareceram para sempre. Na Madeira o arrefecimento não foi tão forte devido à influência benéfica do oceano e as plantas sobreviveram.
Na Madeira, pela altura das descobertas, a Laurissilva cobria a quase totalidade da Ilha; hoje em dia vamos encontrá-la principalmente na vertente de exposição norte da Ilha, ocupando os profundos e remotos vales do interior, distribuída entre os 300 e os 1300 metros de altitude, podendo considerar-se uma floresta relíquia. O relevo montanhoso provoca uma significativa variação climatérica e determina a existência de vários andares de vegetação.A Laurissilva é a floresta dos nevoeiros e dos loureiros. Dos nevoeiros, porque vive nas encostas voltadas a norte, num ambiente de forte humidade relativa e nevoeiros frequentes devido à ascensão forçada das massas de ar húmido transportadas pelos alíseos. Dos loureiros, porque o loureiro é a árvore predominante. Menos comuns, mas igualmente da família das lauráceas, são o til, o vinhático e o barbusano. Estas são as árvores mais frondosas da floresta e felizmente podemos observá-las em belíssimas manchas verdes nas serras de São Vicente.
Esta floresta de características higrófilas, sub-tropical húmida, representa um ecossistema de extrema importância sob o ponto de vista botânico e científico: actualmente é a maior área de Laurissilva a nível mundial (14.953,7 ha, totalmente incluída no Parque Natural da Madeira como Reserva Natural Parcial e Reserva Natural Integral), sendo também a melhor em termos de estado de conservação e número de espécies. Trata-se de um património raro a nível mundial, onde, para além da Madeira, apenas ocorre com significado em algumas ilhas do grupo ocidental do Arquipélago das Canárias, dado que nos Açores e em Cabo Verde não terá resistido à ocupação humana.A Laurissilva é uma floresta que deve ser preservada a todo o custo pela grande variedade de espécies vegetais endémicas que possui, pelas aves que abriga, pelo seu valor estético e pela importantíssima função que desempenha na retenção e infiltração de águas que são garante de abastecimento das nascentes e cursos de água a menores altitudes.
Entre a flora do Arquipélago encontram-se cerca de 145 plantas endémicas e podemos contar, a nível da fauna com representantes dos mais variados grupos zoológicos. De uma grande diversidade florística, é sobretudo ao nível do estrato herbáceo que vamos encontrar a maior parte dos endemismos. Dos múltiplos exemplos que poderiam ser aqui referidos pode apontar-se a Goodyera macrophylla. Esta é uma orquídea endémica da Ilha da Madeira, conhecida por Godiera da Madeira, que é extremamente rara. È uma planta que só ocorre em áreas de conservação climax pelo que dependente altamente da existência de zonas inalteradas sem perturbação de qualquer nível. Por baixo da copa das grandes árvores abundam arbustos (quase todos de folha perene, à semelhança das árvores) como as urzes, a uveira, o piorno e o sanguinho, encontrando-se, ainda, um estrato mais baixo rico em fetos, musgos, líquenes, hepáticas e outras plantas de pequeno porte, com numerosos endemismos.
A fauna existente no Parque Natural da Madeira é extremamente rica quer em vertebrados quer em invertebrados. Relativamente a estes últimos podemos referir a existência de mais de uma centena de espécies endémicas de moluscos terrestres, muitos dos quais com uma distribuição bastante restrita. Os insectos estão também representados duma forma bastante significativa, mas ainda mal conhecidos. Relativamente aos vertebrados o destaque vai para dois grandes grupos: os Morcegos e as Aves (além do Lobo marinho, os únicos que existiam quando o Homem chegou à Ilha). No que se refere aos morcegos não existe qualquer informação sobre o estado de conservação actual das 8 espécies existentes.
No que diz respeito às aves podemos encontrar no Parque Natural da Madeira duas espécies exclusivas da Madeira: A Freira da Madeira, (Pterodroma madeira) e o Pombo trocaz (Columba trocaz). A primeira é uma das espécies mais ameaçadas de extinção em todo o Mundo (existem unicamente cerca de 30 casais). No que concerne à segunda o panorama é bastante mais prometedor, sendo uma espécie cujos efectivos populacionais têm vindo a crescer bastante. A Laurissilva do Parque Natural da Madeira é uma Zona de Protecção Especial no âmbito da Directiva Aves Selvagens e um Sítio de Interesse Comunitário ao abrigo da Directiva Habitats. É Reserva Biogenética do Conselho da Europa desde 1992 e foi incluída na Lista do Património Natural Mundial da UNESCO em Dezembro de 1999.
Recolha efectuada por: Praia

Mero

Epinephelus marginatus
A sua captura é quase impossível na Madeira, tendo em conta a profundidade a que se encontra. Pelo seu comportamento sedentário e grande valor comercial esta é uma das espécies mais vulneráveis. Este peixe tem um desenvolvimento biológico estranho, mas comum nos peixes e na sua família (serranidae). Quando nasce é de um sexo que com o desenvolvimento muda. Neste caso, é essencial a espécie crescer, numa população unicamente de fêmeas. A mudança de sexo dá-se quando o peixe tem entre 5 e 7 kg. O tamanho deste peixe é de 100cm a 150cm e a sua profundidade é de 2m a 200m.

publicado por: pesca1991

FAJÃ DOS PADRES



O QUE É A FAJÃ DOS PADRES?

A Fajã dos Padres é uma estreita faixa de terra junto ao mar, sob uma falésia de aproximadamente 250m de altura, situada na costa sul da Ilha da Madeira.Propriedade agrícola de excelência, na Fajã dos Padres cultiva-se um conjunto de espécies subtropicais. Mais de 20 espécies de manga, abacate, banana, vinha, e em menor quantidade a papaia, a pitanga, o araçal, o figo, o maracujá, enchem a Fajã de cores e aromas tropicais.

Como lá chegar

Dadas as suas peculiares características morfológicas, o acesso à Fajã dos Padres é feito exclusivamente por mar, ou através de um moderno elevador panorâmico que desce ao longo da falésia proporcionando uma viagem ímpar.

O que oferecemos

No âmbito do turismo rural, a Fajã dos Padres oferece aos hóspedes um simpático restaurante e quatro pequenas casas e habitação.Neste local apetece ficar!


Trabalho elaborado por: Porto 1993

Cicloturismo



O cicloturismo apesar de ser uma maneira muito saudável, económica e ecológica de se fazer turismo não é muito praticado na Madeira devido à acentuada orografia da ilha. Por outro lado, as bicicleta de montanha ou BTT, graças à sua robustez têm ganhado muitos adeptos na Madeira porque permitem explorar regiões pouco acessíveis. Os percursos mais apetecidos são os terrenos montanhosos cheios de declives vertiginosos muito comuns na Madeira. Em termos de competição existem dois tipos de provas: o cross country, circuitos fechados com subidas, descidas e partes técnicas; e o “down hill”, descidas de montanha por trilhos de terra batida muito apreciado pelos especialistas da modalidade. Na Madeira já se realizaram várias provas de “down hill” e está em preparação a primeira prova de “down town” no Funchal. Os muitos aficcionados da modalidade praticam por toda a ilha especialmente no Chão das Feiteiras e Montado do Pereiro.Para quem não conhece a região, existem lojas e empresas de eventos que organizam provas e passeios.




Trabalho elaborado por: Porto 1993

Praia da Calheta e Lido



Praia da Calheta




A Calheta é uma zona encantadora à beira-mar com uma praia de areia concebida pelo homem, bares, balneários, primeiros-socorros e uma grande marina. Esta praia oferece uma grande variedade de actividades náuticas (canoagem, aluguer de pranchas de windsurf e catamarans) e águas mornas e cristalinas. A areia que aqui se encontra foi trazida de Marrocos e, numa quantidade bastante mais reduzida, da Figueira da Foz. Na avenida principal que dá acesso à praia encontra bons restaurantes especializados em peixe. Estes restaurantes servem iguarias como as grelhadas mistas de peixe, pratos fresquíssimos com os mais variados frutos do mar e especialidades locais que podem ser acompanhadas com um bom vinho branco fresquinho ou um 'shandy' (cerveja com 7'Up).Uma vez que aos fins-de-semana esta praia costuma ser bastante procurada (afinal de contas é uma das poucas praias de areia na ilha), recomendamos que a visite durante a semana no caso de preferir mais privacidade.


As piscinas do Lino



As piscinas do Lido são, provavelmente, o complexo balnear mais famoso do Funchal e também um dos melhores da Região. Com duas piscinas de água salgada, renovada todos os dias, tem ainda acesso ao mar para os que preferem as ondas naturais do oceano.A parte difícil na descrição deste complexo é começar: espreguiçadeiras, guarda-sóis, piscina e mar, parque infantil, mesas de ping-pong, centro de mergulho, tobogan, loja de artigos de praia, balneários, fraldário, WC, restaurante, três bares, posto de informação turística, estacionamentos, cacifos, posto de primeiros-socorros, nadador-salvador… Um sem número de facilidades!É importante referir que as águas do complexo balnear do Lido foram galardoadas com a Bandeira Azul da Comunidade Europeia, o que atesta a sua qualidade.O Lido é por excelência a zona turística da Madeira e oferece outros serviços como bancos, hotéis, bares, pubs e restaurantes, sendo o eleito por portugueses e estrangeiros.
publicado por:kelly


Centro de Ciência Viva do Porto Moniz



O Centro Ciência Viva do Porto Moniz é um novo espaço criado pela Vice-Presidência do Governo Regional da Madeira, através da Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira, S.A., destinado a acolher exposições e outras acções de divulgação científica.Este Centro faz parte da rede de Centros de Ciência Viva criada pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e constitui um amplo espaço, onde visitantes de todas as idades poderão embarcar numa experiência única de lazer aliado à ciência e ao conhecimento.O Centro Ciência Viva está apetrechado com uma Cyberzone onde o visitante pode usufruir de um espaço lúdico devidamente equipado com acesso à internet.

Retirado do site: http://www.madeiranature.com

Trabalho elaborado por: Porto 1993

Levadas e Trilhas


Os primeiros povoadores da Madeira começaram a cultivar as encostas mais baixas do sul da ilha, cortando poios (socalcos) ao mesmo tempo que construíam as primeiras pequenas levadas, que transportavam água das nascentes mais acima nas encostas dos montes até às suas terras. A primeira legislação a regulamentar a utilização das levadas e os direitos de água data da segunda metade do século XV.Nos princípios do século XX, havia cerca de 200 destas levadas, serpenteando por mais de 1000km. Muitas pertenciam a particulares e a apropriação indisciplinada de água fazia com que o bem mais valioso da ilha fosse frequentemente distribuído de forma injusta. De facto, em meados da década de 1930, apenas dois terços da terra arável da ilha estavam a ser cultivados - e apenas metade desses eram irrigados.Só o Estado possuía os meios económicos necessários para implementar um programa de construção em larga escala e a autoridade para impôr um sistema mais equitativo de distribuição.Tais cursos de água não são exclusivos da Madeira, o que é único é a sua acessibilidade e extensão. O sistema de irrigação da ilha é actualmente composto por uns impressionantes 2150 km de canais, incluindo 40km de túneis.
Trabalho elaborado por:Porto 1993

Levada do Caldeirão Verde


Este percurso, que começa no Parque Florestal das Queimadas (Santana) e culmina no Caldeirão Verde, tem uma extensão de 6 km e uma altitude de 990 metros. A Casa de Abrigo das Queimadas pode honrar-se de manter as características originais das Casas Típicas de Santana e, a partir daqui, se não parar para admirar as estupendas paisagens sobre Santana e São Jorge, vai demorar cerca de uma hora e meia a completar o percurso.
Este trilho é extremamente rico na sua paisagem adornada por quedas de água, fauna e flora
(Criptomérias elegantes (Cryptomeria Japonica), Faias europeias (Fagus Sylvatica) de consistente folhagem encarnada, Cedros da Madeira (Juniperus Cedrus), Til (Ocotea Foetens), Pau branco (Picconia Excelsa), Urzes centenárias (Erica Scoparia), Folhado (Clethra Arborea), Uveira da Serra (Vaccinium Padifolium) ).
A certa altura, vai encontrar o primeiro túnel que é curto e contrasta com o segundo túnel de uns consideráveis 200 metros. Pouco depois, avista o terceiro túnel não tão extenso como o anterior. Tenha cuidado, pois este túnel é baixo e o piso está normalmente molhado. O quarto túnel, bem mais pequeno na sua extensão, está situado a 1 km do Caldeirão Verde. Note que o Caldeirão Verde fica à esquerda da levada, bastando, para lá chegar, subir alguns metros pelo leito do ribeiro por onde escorrem as águas que remanescem do lago natural. Depois de tirar partido da beleza do Caldeirão Verde e se não tiver vertigens, continue o caminho pela levada (sem varandim) que o leva até ao Caldeirão do Inferno.
Bibliografia:Quintal, Raimundo.(2004). Levadas e Veredas da Madeira. Funchal: Edições
Francisco Ribeiro

Duração: 3 horas

Ponto de Partida: Parque Florestal das Queimadas

Ponto de Chegada: Parque Florestal das Queimadas

Extensão: 12 km

Equipamento: Botas para piso molhado, impermeável, lanterna, farnel

Perigos: Existem troços de levada sem protecção.

Observações: O regresso é feito pelo mesmo caminho.

Trabalho elaborado por:Porto 1993

Parque Santa Catarina

É Domingo? … Dispõe de alguns minutos para relaxar? … Ou está apenas um bonito dia lá fora? Leia um livro, dê um passeio ou sente-se simplesmente à sombra de uma árvore e oiça os pássaros. O Parque de Santa Catarina é o sítio ideal para estas actividades e muitas outras.Com uma área total de 36000 m2, este jardim oferece belíssimas vistas sobre a baía do Funchal, diversos percursos pedonais, com banquinhos ladeados por muitas espécies da flora mundial e um encantador lago com uma pequena ilha, onde patos e cisnes nascem e vivem.

Outro cantinho a não perder aqui, especialmente pelos visitantes que se fazem acompanhar de crianças, é o parque com todos os tipos de diversão e, mesmo ao lado, encontra duas máquinas antigas em tempos usadas para esmagar uvas e para alcatroar a estrada.E entre os muitos atractivos que pode ver aqui, não perca as gaiolas com pássaros, as esculturas dedicadas a diversas personalidades e a capela de Santa Catarina, infelizmente fechada ao público.


http://www.madeira-web.com/PagesP/gardens/santa-catarina.php

publicado por: kelly

BÙSIO

Escuto-me e percebo na distância
Um som vago e diluído
Fechado no meu silencio…


Mas vento ou brisa,
O murmuro pressentido
Vence-o!


E como prece indecisa
Ou qualquer grito perdido,
Assim se mantêm e se eterniza
No ouvido

As folhas de poesia Tàvola REDONDA
FLORBELA

Passeios a pé pela Madeira












































































































































































13.4.07

Reservas Naturais da Fauna da Madeira

Para salvaguardar o património natural de Madeira, criou-se, em 1982 o Parque Natural de Madeira, classificado como Reserva Bio genética, naquela prevalece uma flora e fauna únicas a nível mundial. Ocupa perto de duas terceiras partes do território e nele estão definidas reservas naturais integrais parciais, paisagens protegidos e zonas de recreio.

A Reserva Natural das Ilhas Desertas é o último refugio atlântico do lobo marinho, principal razão pela qual esta se criou. No extremo sul do território, a Reserva Natural das Ilhas Selvagens é uma das mais antigas reservas naturais de Portugal. As condições climatéricas destas Ilhas oferecem excelentes condições para a nidificação de aves marinhas, e são consideradas um "santuário ornitológico".
A Reserva Natural Parcial de Garajau é a única do país exclusivamente marinha. Entre a fauna que aí podemos observar, destacam-se os peixes de grande tamanho, como o mero. A Reserva Natural da Rocha do Navio, em Santana, inclui um braço de mar, potencial habitat da foca monge (lobo marinho), e um ilhéu onde se podem observar algumas plantas endémicas. No extremo este da ilha de Madeira está a Reserva Natural da Ponta de S. Lourenço, que tem uma peculiar fauna e flora e dispõe dum posto de vigilância e apoio à Educação Ambiental.

Informação retirada do site: http://www.bkatconsulting.com

Trabalho elaborado por: tulipa e mini

FAUNA E FLORA

Existem imensos sobrenomes para elogiar a Madeira, e estejam certos que todos aqueles que visitam esta ilha ficam boquiabertos pela beleza das suas paisagens e da sua luxuriante vegetação.

A maior parte da sua flora é exótica e importada dos 4 cantos do mundo pelos navegadores, pelos botânicos e pelos visitantes

A festa da flor

Em relação à fauna esta é pouca diversificada... algumas vacas, cabras e cavalos nos pastos. No entanto, poderá observar muitos pássaros (+ de 200 espécies) e insectos (aproximadamente 700 espécies) e as famosas lagartixas, que gastam o seu tempo a bronzearem-se ao sol e a assustarem os turistas sentados nos bancos dos parques e nas paredes baixas.

Muitos Cetáceos (golfinhos, cachalotes) vivem também nestas águas turquesas do Atlântico; as baleias passeiam por lá de Junho a Setembro. Poderão vê-las se fizerem um passeio no mar. Em relação às tartarugas, às balistas e etc..., elas fazem a felicidade de todos os mergulhadores.
A colónia de lobos-marinhos também vive nas costas das ilhas Desertas; declaradas património mundial pela UNESCO.

Não se assustem, porque não existe nenhum animal perigoso na ilha, a não ser a centopeia, tipo de mil pés, cuja a pica é bastante dolorosa, mas não mortal. Está tranquilizado?

Retirado do site: http://www.ile-moder.com/

Recolha efectuada por: Tulipa e Mini

Música Tradicional da Madeira

Tudo começou no mais antigo povoado madeirense, a modesta zona de Santa Maria do Calhau, que se estendia por uma rua do mesmo nome unindo e solidificando os laços entre as gentes.

Numa primeira fase a partilha da terra e da água foi feita em partes iguais. Depois, com o advento do comércio do açúcar e o domínio dos mercadores sobre todos os outros, deu-se um afastamento decisivo. De um lado, os que se dedicavam aos ofícios e ao trabalho da terra, do outro, os que auferiam rendimentos e privilégios.

A raiz da nossa música popular está no berço daqueles que foram obrigados a viver do trabalho braçal; gente sem condição definida sujeita e vinculada ao longo braço da colónia, entregue a um destino pouco auspicioso.

Muitos ficaram, passando aos seus herdeiros as correntes de uma dependência social que nalguns casos, relatados na própria História madeirense, atingiram laivos de escravatura.


Porto do Funchal, Madeira
Para quem não suportava os cânones da colónia e a rígida estrutura social da Madeira dos capitães donatários, partir era uma boa solução. Sendo a cidade do Funchal um porto obrigatório no cruzamento norte sul e com o tempo, um ponto de referência no comércio de alto mar, foi fácil estabelecer contacto com outras culturas europeias. Durante o século XVI com italianos e flamengos, a partir do século XVII com ingleses, holandeses e outros. Estas experiências trouxeram coisas novas aos costumes e tradições da Madeira e Porto Santo.

A primeira cidade europeia, construída em pleno oceano Atlântico gerou na sua gente um fácil convívio com os passantes incentivando a emigração para outras paragens. O Atlântico lusófono e mais tarde as américas foram os destinos mais concorridos.

Num primeiro momento a música, os instrumentos e as práticas musicais variaram consoante a origem da população da ilha. Com o passar do tempo, a adopção de uns instrumentos em detrimento de outros marcou decisivamente o modo, a expressão musical e vocal dos nascidos na Madeira.


Romaria vinda dos Canhas ao arraial do Senhor Bom Jesus da Ponta Delgada. Nas comunidades de emigrantes as romarias testemunham a ligação à terra natal
Perdem-se no tempo algumas formas musicais, que também como é lógico, surgiram com a evolução de outros géneros mais antigos. A Mourisca, o Charamba, o Bailinho, os Cantos Religiosos e as Cantigas de Roda definiram-se progressivamente e não de um modo único. A Chamarrita é outro dos exemplos que tem coexistido sobre várias tipologias e que como é sabido reflecte as realidades insulares da Madeira e dos Açores.

As variantes orais, ainda hoje disponíveis nas recolhas efectuadas pela Madeira, levam-nos a ponderar e a não classificar de qualquer maneira o património musical. A música popular também evolui e é necessário conhecer as variantes, para depois, encontrar, ou pelo menos idealizar um modo mais original e verdadeiro da sua expressão colectiva.

Quem partia levava a música, a trova e os olhos cheios de lágrimas de saudade, que na maior parte dos casos começava logo que o barco se fazia ao mar. O braguinha, o rajão e a viola de arame foram companheiros de viagem e o meio através do qual era possível.

Brasil, Angola, Cabo Verde, São Tomé são alguns dos destinos onde para além de se falar o português, os madeirenses encontraram espaço para começar de novo. Afirmaram-se na construção de vilas e cidades desbravando terras e influenciando os povos que encontraram. É de notar que alguns jogos cantados ou cantigas de roda muito populares na Madeira fazem parte do imaginário cultural do Brasil e de Cabo Verde.

As lenga-lengas, as cantigas de Natal e dos reis bem enraízadas na música tradicional madeirense são também encontradas com ligeiras modificações no Brasil. O Historiador e etnógrafo brasileiro José Carlos Rossato faz referência a estas influências acrescentando ainda a constituição dos músicos e instrumentos que íam de casa em casa na véspera de Natal. Viola (arame), violão, pandeiro, reco-reco, chocalho, triângulo e violino serviam de base musical ao grupo.

A viola de arame intruduzida no Brasil rural, ainda hoje acompanha o cantar da terra. O "som" resultante da afinação em Sol destaca-se logo ao ouvido. Da presença do braguinha no Hawaii já bem documentada em estudos publicados, quer em Portugal quer nos E.U.A., não há dúvidas, nem se levantam questões quanto às famílias madeirenses que o levaram para as ilhas do pacífico. É também provável e plausível que o cavaquinho brasileiro e o cavaquinho cabo verdiano, pelas suas características e afinação tenham mais em comum com o braguinha madeirense do que com o cavaquinho usado em Portugal Continental.

Falar pois nas rotas geográficas da música popular madeirense, é assumir também esta vertente da lusofonia Atlântica e toda a riqueza que daí advém.

Foi com esse objectivo que em 1997 surgiu o registo sonoro "Terras da Vera Cruz". Captar as práticas musicais madeirenses e integrá-las na lusofonia Atlântica foi o propósito dos músicos envolvidos nas sessões de gravação. O projecto assumiu uma viagem pelos caminhos do Atlântico, convergindo pontos de partida e de chegada, latitudes e longitudes numa expressão diferenciada mas sempre segurando em pano de fundo, a música popular e tradicional madeirense.

Em "Vera Cruz" captou-se ambientes e sonoridades de Cabo Verde e do Brasil dos anos 20. No "Ladrão do Negro Melro" envolveu-se a Madeira e o Brasil rural tecendo uma mancha ritmo-harmónica com a viola de arame ao jeito nordestino. Noutros temas foi possível enquadrar os ritmos e toques do norte de Portugal ou evocar o sentir e a música açoreana. Em "Rabaçal" pôs-se em diálogo o rajão, a viola de arame e o violino instrumentos usados pelo nosso povo nos despiques e romarias.

Mas ainda há muito por fazer... Em princípio as recolhas na região estão concluídas, havendo apenas alguns aspectos a registar. Urge fazer o caminho inverso e procurar, fora da Madeira, pedaços da nossa tradição e da nossa música.

Refazer as rotas da emigração madeirense, as do Atlântico, mas também o Hawaii, a Venezuela e o Curaçau, a Africa do Sul e por fim a Austrália são metas fundamentais para elaborar um inventário e posterior sistematização do património cultural deste arquipélago. Repensar as "Semanas da Madeira" pelo mundo será um primeiro passo. Durante muito tempo a expressão da nossa música popular e tradicional ficou entregue aos grupos folclóricos, o que é manifestamente insuficiente.

Levar até às comunidades as danças e cantares, na maior parte dos casos já esperados e conhecidos, não trouxe nada de novo a quem vive longe da região. Tão pouco contribuíu para um conhecimento profundo dessas comunidades. A atitude deverá mudar. É urgente recolher nesses recantos do mundo cantares tradicionais, que aqui já se perderam. Registar em Audio e Vídeo essas práticas musicais e voltar com testemunhos vivos da alma insular, que também existe, para lá da Ponta de São Lourenço.

http://www.attambur.com/Recolhas/Antologia_Madeira/antologia_da_musica_tradicional_da_madeira_cp4.htm
publicadoi por: sniker1991

Tradição madeirense e os sinos no morro

Trazidas pelos imigrantes da região insular portuguesa do Atlântico, diversas tradições foram revividas por eles em terras santistas, especialmente nos morros em que se instalaram os portugueses da Ilha da Madeira. Entre eles o da Nova Cintra, que em sua praça principal conta com a Igreja de São João Batista, polarizadora da fé religiosa dessa comunidade. A inauguração de um grupo de sinos dessa igreja e as festas natalinas típicas dos madeirenses-santistas foram registradas pelo editor de Novo Milênio, que publicou esta matéria na edição de 20 de dezembro de 1980 do jornal santista A Tribuna:


Nos morros, festas e uma tradição revivida

Uma festa típica portuguesa, tradicionalmente realizada na Ilha da Madeira pelo Natal, será revivida este ano nos morros da Nova Cintra e São Bento (antigos núcleos de ilhéus), na noite do dia 24, quando também serão inaugurados os sinos da Igreja de São João Batista. No Morro do Saboó, haverá amanhã uma festa de Natal para as crianças.

Segundo o padre Júlio Lopes Llarena, da igreja da Praça Guadalajara, a festa vinha sendo realizada em Santos há vários anos, mas em 1979 não houve, por falta de músicos. Constitui-se de cânticos e romarias, seguindo-se os usos e costumes madeirenses.

"Na Madeira e em Portugal continental é costume se percorrer em romaria todas as aldeias das freguesias, cantando músicas natalinas anualmente renovadas e recolhendo o que se poderia chamar de presentes de Natal.

"Da mesma forma, os participantes - coordenados por Manoel Gonçalves - vão se dividir em uns quatro grupos, e enquanto um recolhe as contribuições na área da subida do morro pelo lado do Jabaquara, outro percorre a esplanada da Avenida Santista, um terceiro vai ao Canto da Bica (imediações do acesso à Vila Progresso) e o último vai para a região da cachoeira.

"As contribuições são quase sempre em espécie: bolos, bebidas, produtos típicos natalinos, depois oferecidos ao pároco. Mas alguns dão contribuições em dinheiro, destinadas às obras da igreja".

Conta o padre Júlio que a cerimônia na igreja começa com a toada do Glória: uma moça vestida de anjo vai dizendo mensagens evangélicas e de felicitações, e o povo responde "Glória in excelsis Deo".

Após o fim da ladainha, há a missa, em que os presentes recolhidos na comunidade - inclusive dinheiro pendurado como bandeirolas em fios, porcos vivos, galinhas chocando e outros exemplos curiosos de oferendas - são apresentados, sempre da forma mais original possível, acompanhados por grupos de cantores e músicos (estes são geralmente os de maior idade, que conhecem bem a tradição e conseguem renovar as modinhas natalinas).

Inauguração de sinos - O padre Júlio mostra-se entusiasmado ao falar dos novos sinos da igreja, cuja inauguração, às 22h30 do dia 24, marcará o início da festa. São três sinos de bronze, montados em carrilhão, e avaliados em Cr$ 500 mil (dinheiro obtido com as festas juninas da paróquia).

O sino maior pesa 210 quilos e está dedicado ao padroeiro da igreja São João. Para fins de registro histórico, está gravado o nome do Papa atual, João Paulo II, e a data, 25 de dezembro de 1980. Segue-se o sino dedicado a São José, com 110 quilos, e o nome do bispo, D. David Picão. O terceiro sino, de 75 quilos, é dedicado a Nossa Senhora, e tem o nome do pároco, Júlio Lopes Llarena. Pela ordem, os sinos formam um carrilhão com as notas musicais do-mi-sol.

No rodapé do sino de São João está gravado - como de praxe - um texto latino relacionado com o santo: "Eis o cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo"; da mesma forma, no de S. José a frase é "Varão justo e prudente, constituído por Deus sobre sua casa"; no sino de Nossa Senhora: "Minha alma engrandece o Senhor".

Considera o padre Júlio que se no Centro os sinos das igrejas perdem a importância - por serem ouvidos por poucos, devido às inúmeras construções que cercam os templos -, na Nova Cintrra o carrilhão adquire importância, porque a igreja domina geograficamente o bairro.

São Bento - Ao mesmo tempo que na Nova Cintra, o Morro do São Bento estará revivendo também a tradição dos cânticos e romarias na véspera de Natal. Serão quatro romarias (mirim, infantil, de jovens e de adultos), com início marcado para as 22 horas na Capela de Nossa Senhora da Assunção.

A festa consta basicamente de cânticos entoados na igreja por moradores da região e alguns visitantes especialmente convidados. Terminada a romaria dos adultos, entra pela igreja a charela, um barco conduzido pelos moradores, cheio de prendas que são oferecidas ao pároco local. Após a última romaria, será oficiada a Missa do Galo. A tocata que acompanhará as romarias desse morro é dirigida pelo acordeonista João Matheus, contando ainda com João H. Pereira na viola, e com os cavaquinhos de Neyde Pereira e João de Abreu.

Morro do Saboó - Com a presença, no domingo, às 14 horas, do Papai Noel oficial de Santos, a Sociedade de Melhoramentos do Morro do Saboó promoverá defronte da sede, no caminho de acesso ao alto do morro, sua festa de Natal para as crianças da área.

Segundo o presidente da entidade, Francisco João Ribeiro, haverá entrega de brinquedos, refrigerantes e doces, além de atividades de lazer, estando previsto o comparecimento de cerca de 500 crianças. A festa conta com a colaboração da Secretaria de Esportes e Turismo, do vereador Carlos Mantovani Calejon e da empresa Refrigerantes de Santos (fabricante local de Coca-Cola).

http://www.novomilenio.inf.br/santos/

publicado por: sniker1991

DONA LUCINDA ANDRADE

Até ao ano de 1964, o ensino da zona Norte da ilha era ministrado pela senhora D. Lucinda Andrade. Este ensino, denominado “clandestino” preparava os alunos para os exames.
Ensinava sem instalações adequadas, num pequeno quarto da sua residência, juntava alunos dos diversos anos. Em mesas estreitas e bancos corridos, os alunos eram preparados para os exames do segundo e quinto ano. Considerada uma excelente professora de Francês leccionava também Inglês, Matemática, Desenho e Físico-Química.
Considerando o disposto na Resolução número 25/79 de 11 de Janeiro que consagra a possibilidade de serem atribuídos aos Estabelecimentos de Ensino designações que representam homenagens a vultos madeirenses, o Conselho de Governo pelo Ofício Circular número 189/4.0.1/88, resolveu atribuir à Escola Preparatória e

D. Maria Lucinda de Sousa Andrade.

Secundária de São Vicente, o nome de Escola Básica e Secundária Professora D. Lucinda Andrade. Homenagem justa à professora D. Maria Lucinda de Sousa Andrade

PESCA1991

http://www.svicente.com/educacao.htm

Árvores da laurissilva




Barbusano

Nome vulgar: Barbusano.

Nome científico: Apollonias barbujana (Cav.) Bornm. subsp. barbujana

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre na Laurissilva, acima dos 1000 m. Pode ser observado em
Santana, no Porto da Cruz e na Tabúa, no Sítio do Barbusano.

Descrição: Atinge 25 m de altura, possui copa densa e redonda, folhas verde-escuro, com margens revolutas e, de um modo geral, providas de galhas que são originadas por um insecto específico. Os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.


Figueira-do-inferno

Nome vulgar: Figueira-do-inferno.

Nome científico: Euphorbia mellifera Aiton

Família: Euphorbiaceae

Distribuição e Habitat: Endémica da Macaronésia, característica da Laurissilva da Madeira, crescendo em lugares húmidos e ravinas abrigadas, principalmente entre os 400 e os 1100 m. Esta espécie pode ser observada em alguns locais da Tabúa, do Paúl do Mar e de Santana.

Descrição: Arbusto ou pequena árvore que pode atingir os 8 m de altura, de caule cinzento e macio, com inflorescências mais ricas em flores (vermelhas) que em frutos.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Época de floração de Fevereiro a Julho.




Folhado

Nome vulgar: Folhado.

Nome científico: Clethra arborea Aiton

Família: Clethraceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia, um dos principais componentes da Laurissilva, abundante nas regiões altas da Madeira (acima dos 600 m). Exemplares desta espécie podem ser observados na Ribeira da Janela e no Folhadal, situado entre a Encumeada e as Feiteiras em São Vicente.

Descrição: Árvore ou arbusto que pode atingir 8 m de altura, com casca castanha ou acinzentada, folhas verde pálido e numerosas flores brancas aromáticas.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie bastante abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: A sua folhagem é muito utilizada na alimentação do gado bovino. Época de floração de Agosto a Outubro.



Massoroco

Nome vulgar: Massaroco.

Nome científico: Enchias candicans L. fil.

Família: Boraginaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira. Encontra-se nas escarpas rochosas da zona montanhosa central da Madeira e na Laurissilva em altitudes que variam entre os 800 e os 1700 m. Exemplares desta espécie podem ser observados, por exemplo, no Ribeiro Frio e em Santana.

Descrição: Arbusto que pode atingir 2 m de altura, ramificado, com folhas verdes acinzentadas e inflorescências densas e alongadas com tamanhos que podem ir dos 15 aos 35 cm, com flores azul-escuro.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie não ameaçada, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Época de floração de Abril a Agosto.

Loureiro

Nome vulgar: Loureiro.

Nome científico: Laurus azorica (Seub.) Franco

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Árvore dominante da Laurissilva, com grande versatibilidade de habitats, ocorrendo desde os 200 m até acima dos 1200 m. Muito comuns em toda a ilha, podem ser observados na Ribeira da Janela, na Calheta e em São Vicente.

Descrição: Pode atingir 20 m de altura, possui copa densa, folhas verde escuras, com brilho e de forma variável, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras e as suas flores são amarelas. Por vezes, nos troncos dos loureiros adultos, desenvolve-se um fungo exclusivo de forma característica, conhecido por madre-de-louro.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: O seu fruto serve de alimento ao endémico Pombo Trocaz que habita a Laurissilva. As populações locais do norte da Madeira utilizam-no no fabrico do azeite de louro que dizem possuir propriedades farmacêuticas. Época de Fevereiro a Abril.


Vinhático

Nome vulgar: Vinhático.

Nome científico: Persea indica (L.) Spreng

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Encontra-se em vales profundos e húmidos, abrigados no interior da Laurissilva entre os 400 e os 1300 m. Exemplares desta espécie podem ser observados na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira e na Calheta.

Descrição: Pode atingir 25 m de altura, de copa redonda, folhas verde pálido com pecíolos avermelhados, que se tornam também avermelhadas à medida que envelhecem, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Em tempos, a madeira do vinhático foi largamente exportada para a Inglaterra onde ficou conhecida como mogno da Madeira. Época de floração de Junho a Novembro.



Til

Nome vulgar: Til.

Nome científico: Ocotea foetens (Aiton) Baill.

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia e importante componente da Laurissilva, encontrando-se em profundos vales e encostas abrigadas no interior da Ilha. Ocorre em altitudes compreendidas entre os 600 e os 1500 m. O til pode ser observado na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira, na Serra de Água e em Santana.

Descrição: Pode atingir 30 m de altura e diâmetros de tronco de tamanhos impressionantes, possui copa densa que pode ser de redonda a piramidal. Folhas brilhantes e frutos que se assemelham a pequenas bolotas.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: A madeira desta árvore quando adulta, é de excepcional qualidade, exalando um cheiro desagradável quando recentemente cortada. Floresce e frutifica de Novembro a Junho.

O 25 De Abril e a Revolução dos Cravos

O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).
Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi implementado em Portugal um regime autoritário de inspiração fascista. Em 1933 o regime é remodelado, auto-denominado-se Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país, não mais abandonando o poder até 1968, quando este lhe foi retirado por incapacidade, na sequência de uma queda em que sofreu lesões cerebrais. Foi substituído por Marcelo Caetano que dirigiu o país até ser deposto no 25 de Abril de 1974.
Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado uma ditadura, quer pela oposição, quer pelos observadores estrangeiros quer mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Formalmente, existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusaram o governo de fraude eleitoral e de desrespeito pelo dever de imparcialidade.
O Estado Novo possuía uma polícia política, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), mais tarde DGS (Direcção-Geral de Segurança) e, no início, PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), que perseguia os opositores do regime. De acordo com a visão da história dos ideólogos do regime, o país manteve uma política baseada na manutenção das colónias do "Ultramar", ao contrário da maior parte dos países europeus que então desfaziam os seus impérios coloniais. Apesar da contestação nos fóruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve uma política de força, tendo sido obrigado, a partir do início dos anos 60, a defender militarmente as colónias contra os grupos independentistas em Angola, Guiné e Moçambique.
Economicamente, o regime manteve uma política de condicionamento industrial que resultava no monopólio do mercado português por parte de alguns grupos industriais e financeiros (a acusação de plutocracia é frequente). O país permaneceu pobre até à década de 1960, o que estimulou a emigração. Nota-se, contudo, um certo desenvolvimento económico a partir desta década

No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que espoletava a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. E forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sedeadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.
À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcelo Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcelo Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.
A revolução, apesar de ser frequentemente qualificada como "pacífica", resultou, contudo, na morte de 4 pessoas, quando elementos da polícia política dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.
Cravo
O cravo tornou-se no símbolo da Revolução de Abril de 1974; Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das espingardas.
Consequências
No dia seguinte, forma-se a Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, e que procederá a um governo de transição. O essencial do programa do MFA é, amiúde, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.
Entre as medidas imediatas da revolução contam-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos foram legalizados. Só a 26 foram libertados os presos políticos, da Prisão de Caxias e de Peniche. Os líderes políticos da oposição no exílio voltaram ao país nos dias seguintes. Passada uma semana, o 1º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa reuniram-se cerca de um milhão de pessoas.
Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta entre a esquerda e a direita. Foram nacionalizadas as grandes empresas. Foram igualmente "saneadas" e muitas vezes forçadas ao exílio personalidades que se identificavam com o Estado Novo. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, que foram ganhas pelo PS. Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.
A guerra colonial acabou e, durante o PREC, as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes.
O 25 de Abril visto 30 anos depois
O 25 de Abril de 1974 continua a dividir a sociedade portuguesa, embora as divisões estejam limitadas aos estratos mais velhos da população que viveram os acontecimentos, às facções políticas dos extremos do espectro político e às pessoas politicamente mais empenhadas. A análise que se segue refere-se apenas às divisões entre estes estratos sociais. Em geral, os jovens não se dividem sobre o 25 de Abril.
Existem actualmente dois pontos de vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao 25 de Abril.
Quase todos, com muito poucas excepções, consideram que o 25 de Abril valeu a pena. Mas as pessoas mais à esquerda do espectro político tendem a pensar que o espírito inicial da revolução se perdeu. O PCP lamenta que a revolução não tenha ido mais longe e que muitas das conquistas da revolução se foram perdendo. As pessoas mais à direita lamentam a forma como a descolonização foi feita e lamentam as nacionalizações.
Retirado do site: www.wikipedia.com

Elaborado por: bambi e abbigail

Amigo! Amigo!

Lembras-te do jardim irreal e triste?
Do lago onde boiavam peixes de jade?
Existe ainda esse jardim irreal e triste?
Para voltar sempre parece tarde.

Dormias como um deus sobre anémonas brancas:
Como eras tão jovem, tão simples, tão claro!...
Teu rosto e tuas mãos eram anémonas brancas.
Só a memoria guarda o teu retrato.

Que fizemos do nosso único momento?
Agora o que há entre nos não tem memento;
Esta fora do tempo e do espaço.

Retirado: Livro: Boletim Cultural As Folhas de Poesia Távola Redonda

Publicado por: florbela1990

O 25 DE ABRIL

Os acontecimentos deste dia revelam que o Movimento das Forças Armadas estava organizado e que era mais do que uma organização corporativista. Os miltares da Revolução preconizaram um momento da História Portuguesa, com milhares de outros protagonistas anónimos.Situações impossíveis apenas 24 horas antes, marcaram os derradeiros momentos do Estado Novo. Imaginemos o Terreiro do Paço entre as 8 e as 11 da manhã, o Largo do Carmo ao meio-dia, e, mesmo, a tensão vivida no António Maria Cardoso durante toda a tarde.Foi a Revolução dos Cravos.

A Revolução dos Cravos

O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

Retirado do site: http://www.wikipedia.com/

Recolha efectuada por Xexyboy e Galo Inácio

Vida Nocturna na Madeira

Se alguém lhe disser que não há grande vida nocturna na Madeira, temos que admitir que isso é parcialmente verdade durante a semana uma vez que – e esta é uma das coisas positivas da ilha – a rotina diária ainda não se submeteu ao ritmo da vida turística. A taxa de turistas em relação aos habitantes da ilha é bastante baixa, por isso é perfeitamente compreensível que as populações estudantil e trabalhadora vivam a noite ao máximo durante os fins-de-semana, aproveitando as inúmeras possibilidades que se estendem até de madrugada!Para fazer da sua noite um sucesso, deixamos-lhe aqui algumas sugestões acerca dos locais onde pode ir no Funchal… dependendo da sua disposição ou de qualquer ocasião especial que deseje celebrar enquanto estiver de férias na Madeira.Cafés, pubs, bares, clubes nocturnos, discotecas, jantares temáticos, casino

Retirado do site http://www.madeira-web.com

Publicado por: praia1991